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domingo, 2 de setembro de 2012

CHÁCARA À VENDA.


São inúmeros os casos de pessoas que relatam estranhas experiências, como passarem por lugares de outras épocas, verem pessoas de outros tempos, e mesmo verem e visitarem locais fora do nosso tempo, sendo que os mesmos desaparecem por completo em seguida, nunca mais resurgindo. Teriam essas pessoas passado por portais "espaço-tempo", permitindo que tivessem contato com outras épocas já distantes da nossa? Se não for isso, o que mais poderia provocar esses estranhos e inexplicáveis acontecimentos?" O Relato a seguir descreve uma dessas estranhas experiências! ================================================================================= O relato que vou contar, aconteceu no ano de 1995 quando eu estava freqüentando uma faculdade em São Paulo. Eu estava entrando no segundo semestre do último ano. Em um final de semana eu resolvi pegar o meu carro e ir visitar a minha mãe. Ela morava em uma cidade que fica à 3½ horas de São Paulo. Eu estava toda confortável no carro, ouvindo as músicas que o radio tocava. Já estava dirigindo quase que meia hora quando eu vi uma placa pendurada em um poste que estava escrito: "CHÁCARA À VENDA", e embaixo tinha um flecha apontando para uma estradinha de terra isolada e empoeirada do lado da rodovia. Eu pensei em dar uma olhada, já que eu precisaria de um lugar para morar quando acabasse a faculdade e sempre gostei de morar em chácara (eu morava em uma quando morava com os meus pais). Então parei o carro, dei a ré e fui para a estradinha de terra. Depois de uns 15 minutos nela, a casa apareceu lá na frente. Era uma casa branca de dois andares com uma varanda bem grande na frente. Impressionada com a beleza da casa eu não notei o quanto era estranho uma casa ficar em um lugar tão isolado como aquele. Eu parei na frente da casa, peguei a minha câmera fotográfica (eu tinha levado para tirar umas fotos da minha família) para tirar umas fotos da casa e mostrar para a minha mãe, para ver o que ela achava do que poderia ser a minha futura casa. A casa tinha uma pequena cerca de madeira, com um pouco mais de 1½ metro de altura e um portãozinho, de madeira também. A varanda era cercada de plantas e flores e tinha uma mesa de madeira nela. Eu fiquei no portão e toquei a campainha. Um pouco depois a porta da frente abriu e uma mulher já de idade avançada, vestindo uma calça preta e uma blusa marrom, veio ao meu encontro. Ela era baixinha, um pouco gorducha e tinha a cabeça coberta de cabelos grisalhos. Ela falou um "Bom dia!" todo simpático e com um sorriso que ia de orelha até orelha, como se já me conhecesse. Eu tirei fotografias de todos os cômodos enquanto ela ia me mostrando a casa. Depois de ter visto a casa toda, eu voltei para o meu carro e segui o meu caminho. Enquanto voltava para a rodovia, uma sensação de felicidade e contentamento se apossou de mim. Eu pensei comigo mesma que tinha achado a casa dos meus sonhos a um preço que eu podia pagar. Uma semana depois, já de volta em São Paulo, eu fui em uma loja de revelação de fotos para revelar o meu rolo de filme. Peguei as fotos, e voltei para a minha casa e liguei para a minha mãe para falar que no final de semana eu ia lá de novo para mostrar as fotos da casa. Enquanto ainda falava com ela no telefone eu sentei na sala para ver as fotos. Eu peguei aquele envelope amarelo, dei uma olhada das fotos e soltei um grito. O telefone que eu segurava com a cabeça e o meu ombro caiu no chão, junto com as fotos. Eu pulei para trás passando por cima do sofá e parei atrás dele olhando as fotos no chão. Eu estava chocada, não acreditava no que tinha visto. Então eu me toquei que a minha mãe ainda estava no telefone e devia estar assustada. Eu peguei ele e ela estava falando "Alô? Filha? Você está bem? Alô?". Eu falei que estava tudo bem e pedi para ela esperar um pouco. Depois de um tempo em choque e um pouco confusa, eu juntei coragem e abaixei até o chão, para examinar melhor as fotos. Não eram as fotos da casa que eu tinha visto, mas sim de uma casa completamente queimada. Em todas as fotos os quartos estavam negros feito carvão, as paredes completamente chamuscadas e somente o resto das estruturas do que algum dia já tinham sido alguns móveis. Parecia que a casa tinha sido devorada pelo fogo. O choque e a confusão logo se transformaram em medo. Eu pensei que eu podia ter pegado as fotos de outra pessoa, mas as fotos que eu não tirei da casa estavam lá, da minha mãe, do meu pai, dos meus irmãos. Aquelas eram as minhas fotos! Eu peguei todas elas, sem exceção e queimei. Simplesmente queimei todas, sem um segundo pensamento de reflexão. No final de semana eu peguei o meu carro e fui ver a minha mãe. Eu fui pela mesma estrada. Ansiosa e nervosa eu fui devagar na rodovia, procurando a placa de "CHÁCARA À VENDA" e a estrada empoeirada e isolada. Para a minha surpresa eu não achei nenhuma das duas. Eu fiquei indo e voltando naquele pedaço da rodovia e não achava a estrada que eu tinha pegado antes. Desde aquele dia eu não sou mais a mesma. Se alguém me falar que eu estou enlouquecendo, é capaz de eu acreditar. O meu psicólogo falou que aquilo tudo não aconteceu, que eu não vi a casa e nem as fotos, que eu imaginei tudo. Talvez ele esteja certo, mas quem pode realmente dizer o que é real e o que não é? As vezes eu me arrependo de ter queimado as fotos. Talvez se eu ainda estivesse com elas, as pessoas acreditariam em mim. www.alemdaimaginacao.com Catarina - São Paulo - Brasil

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